quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Ei, você aí.


Já falei o quanto você é importante na minha vida? É. Você mesmo! Você que está lendo essas letras, palavras, frases, linhas e parágrafos. Você é muito importante pra mim. Sei que já devia ter falado isso antes, mas é que no dia a dia da vida a gente se perde e esquece de dar valor ao que realmente tem valor. Você por exemplo!

Escrevo porque transbordo sentimentos. Escreveria em um papel se o computador não fosse tão mais fácil. Deixo os dedos baterem nas teclas e as palavras vão saindo. Escrevo quando sinto vontade, quando a tal da inspiração vem me visitar ou quando a criatividade pede licença pra se manifestar de algum jeito. Escrevo da forma como gosto de ler. Não procuro palavras difíceis, não procuro pegadinhas inteligentes, não acho que isso vai trazer alguma coisa a mais para nenhum dos meus textos. Então escrevo como quem conta uma história porque é assim que os escritos vêm pra mim.

Normalmente um texto demora uns vinte minutos para sair por inteiro. Quando acabo, e só sei que acabou porque a história fechou, paro e respiro. Aí é que vou ler o que falei. Mudo algumas coisas, concordâncias, palavras repetidas, pontuação. Dou uma geral. Aí publico na internet e torço para que você venha ler.

Já me perguntei se escrevo para me mostrar. Mas não é isso. Não preciso me exibir e nem acho que meus textos sejam assim tão maravilhosos que possam fazer a diferença na maneira que você me vê. Não é para me mostrar. Já me perguntei se escrevo bem ou mal. Mas na verdade pouco importa, o que me importa é escrever.

Cheguei à conclusão que escrevo para deixar escrito. Não sei se você me entende, mas é isso. Escrevo para que as letras fiquem juntas, formando uma ideia na qual eu acredito. Escrevo para que essas ideias fiquem escritas. Deve ser como um músico que compõe melodias e letras que só vão acontecer depois na vida de alguém. Ou como um pintor que reúne as cores da maneira que mais gosta e faz com que elas se transformem em expressões capazes de emocionar outras pessoas.

Já ouvi gente dizendo que me exponho demais. Músicos e pintores também se expõem. E, para mim, fica sempre a questão: - O que é me expor demais!?! Saio nas ruas e me exponho, como alguma coisa e me exponho também, defendo um ponto de vista e lá estou eu de novo na exposição. Claro que me exponho. Gosto do que estou fazendo com a minha vida, não vejo nenhuma razão para guardar isso só para mim.

Ah, mas eu não vim aqui falar de mim. Vim agradecer e dizer que você é muito importante. É, você aí que lê as coisas do jeito que você é e não do jeito que eu escrevo. Sim, eu sei que a Anais Nïn falou isso antes, mas é no que eu acredito. E você continua vindo ler porque tem um tanto de você em tudo o que escrevo. Tem um lugar comum que nos une. Por isso você é tão especial para mim.


Mas... Falando assim, estou falando para muita gente. Muita gente especial não faz ninguém realmente especial... Deve ser o que você está pensando. E, de novo, não é como vejo. No momento em que você está lendo, estou falando só com você. Além disso, uma coisa é dizer que você é especial e importante, outra é você ler isso. Faz assim: para um minuto e pensa nas pessoas que você acha especiais... Pensou? Agora vai lá e diz para essa pessoa que ela é demais, que ela faz você ver coisas e acreditar em coisas que não veria ou acreditaria se ela não existisse. Vai lá. Conta para ela que ela é bacana, que você tem orgulho dela, que ela é uma parte do que você é e que isso faz toda a diferença. Faz um bem danado e, por isso, obrigado!


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