segunda-feira, 22 de julho de 2013

Quando morre um menino

Saber da morte de um amigo de colégio logo de manhã é triste. Morreu Marcelo LaBandera. Um dos inúmeros meninos que corriam pelo colégio a fora, fosse atrás de uma bola, fosse atrás de um bagunça. Nunca fomos melhores amigos. Nos conhecíamos e nos encontrávamos nas reuniões, sempre saudosistas, dos ex-alunos do Colégio das nossas vidas. Soube ontem que ele teve um grave rompimento de aneurisma cerebral. Soube no mesmo ontem quando tínhamos um desses chopps marcados, e eu que não ia a nenhum já algum tempo havia me organizado para ir e rever os amigos. Hoje pela manhã comecei a ler as mensagens que confirmavam sua morte.

Marcelo devia ter 47 anos. Os mesmos 47 que farei na quinta-feira que vem. A mensagem que pedia orações e informava sobre o aneurisma foi postada por sua filha que deve regular de idade com a minha filha. Os amigos em comum são inúmeros. A tristeza é comum a todos nós.

Minha primeira reação frente à morte é rezar. Rezo para que Deus o receba e que ele descanse em paz. Rezo com toda a minha fé. Rezo e penso. E penso. E penso.

Penso que deveria ter ido aos outros chopps e aproveitado cada momento com mais gargalhadas, com mais afeto, com mais intensidade.

Penso que a vida é assim mesmo, que a morte vem mais cedo ou mais tarde, mas vem. E que é por isso mesmo que tenho que aproveitar a vida todos os dias.

Penso que não é possível deixar nada para amanhã. Meu tempo é hoje, disse o poeta.

Penso nos exemplos deixados, nas referências deixadas, na vida vivida. Penso em não me contentar com menos que o máximo.

Penso e rezo. E rezo. E rezo.

R.I.P. Marcelo LaBandera


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